TRABALHO e EDUCAÇÃO
18/11/2013

Extraído do "Livro dos Espíritos", de Alan Kardec ( 1857 )

"Não basta que se diga ao homem que ele tem o dever de trabalhar.

É preciso que aquele que tem de prover a sua existência por meio do trabalho encontre em que se ocupar, o que nem sempre acontece.

A suspensão do trabalho, quando se generaliza, assume proporções de um flagelo, qual a miséria.

A ciência econômica procura remédio para isso no equilíbrio entre a produção e o consumo, mas esse equilíbrio, dado seja possível estabelecer-se, sofrerá, sempre, intermitências, durante as quais não deixa o trabalhador de ter que viver.

Considerando-se a quantidade de indivíduos que todos os dias são lançados na torrente da população, sem princípios, sem freios e entregues a seus próprios instintos, serão de espantar as consequências desastrosas que daí decorrem?

Há um elemento que não se costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria: 

A educação.

Não a educação intelectual, mas a educação moral.
Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar caráteres, de incutir hábitos - porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.

Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá, no mundo, hábitos de ordem e previdência para consigo mesmo e para os seus, de respeito a tudo que é respeitável.

Hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente os maus dias inevitáveis.


A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem compreendida pode curar.



Esse o ponto de partida.
O elemento real do bem estar.
O penhor da segurança de todos ".         

      
 
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