PANDEMIA
29/10/2020

A pandemia tem funcionado como um verdadeiro freio de arrumação.

Ela nos obrigou a nos recolhermos em nós mesmos.

A olhar pra dentro de nós.
E pensar.

Reavaliar nossos valores.

Compreender e valorizar mais a Internet.
Conviver melhor com ela.

Perceber que ela não serve só pra “fofocar”, “jogar conversa fora”.
Não, ela existe para nos comunicarmos, trocar informações.

Enfim, nos conectarmos.

Os vendedores que a utilizem para vender e os compradores, para comprar.

Os “hackers”, esses nem sei para que servem.
Agem como se fossem os donos das redes
E do mundo.
 
E como perturbam nossas vidas!

As crianças utilizam a Internet para ( também ) brincar,
descobrir coisas novas, outros mundos.

Nós, músicos, estamos tentando encontrar o nosso lugar.

As “lives” foram o ponto de partida.
Mas, ainda são insuficientes.
Faltam recursos técnicos.

Todos sabemos que a música é portátil.
Pode ser carregada para onde quisermos.
Podemos fazer outras coisas, ouvindo música.

O vídeo, não.
Para desfrutar, é preciso  se concentrar.
Não dá pra fazer muitas outras coisas ao mesmo tempo.

( A não ser pra quem está no banco de trás do automóvel )

Eu me lembro de quando surgiu a TV.
Todo mundo achava que ela mataria o Rádio.

Engano.

A mesma coisa aconteceu com o Cinema.
Todos achavam que a TV acabaria com ele .

Não aconteceu.

Não dá pra comparar a tela de um cinema com a de uma TV,
por maior que ela seja.

O mesmo com o Teatro.
Todos achavam que ele morreria diante do Cinema e da TV.

Não foi assim.

Quem vai trocar uma história contada, ao vivo, num palco,  por uma mostrada na tela?

O mesmo com a música:

Quem já assistiu a um concerto de uma orquestra sinfônica ao vivo,
jamais preferirá assistir ao mesmo concerto na televisão, ou no cinema.

Muito menos apenas ouvi-lo.

A emoção do "ao vivo " é insubstituível.

Para o público e para os artistas.


Por isso, vou ( vamos ) aguardar com muita paciência.

E esperança.


Tudo voltará ao seu lugar.



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