O TEMPO
8/5/2013

O tempo é um amigo.

Mas se a gente brigar com ele, vira um inimigo mortal.

Implacável.

Vingativo.

Então, melhor não brigar.

É preferível harmonizar com ele.

Deixar de considerá-lo um roedor, destruidor de vidas.

Pensar nele como um companheiro.

Fiel e paciente.

Um aliado.

Quando erramos, não gostaríamos de ter outra chance de corrigir o erro?

O tempo pode nos proporcionar essa chance.

Quando estamos perdendo o jogo, aos 44 do segundo tempo,
não gostaríamos de mais algum tempo para revertermos o resultado?

A sabedoria popular já consagrou:

“Dar tempo ao tempo”
“O tempo cura todas as feridas”
“O tempo é o melhor conselheiro”
“Só o tempo dirá”...

E outras verdades.

Certa vez li num livro do Malba Tahan ( pseudônimo de Júlio Cesar de Melo e Souza ),
O conto "O tempo náo passa - uma lenda japoneza",
onde ele conta a história do Deus Izanaghi,
que, atendendo a um pedido de sua amada esposa,
fez parar o tempo, para afastar o temor da morte
que o passar do tempo causa nos humanos.

Mas isso não satisfez a todos.

As crianças queriam crescer pra casar.
Os rapazes envelhecer pra criar os filhos.
E os velhos morrer, pra descansar.

Todos reclamaram.

Izanaghi, então, se enfureceu e proferiu:

"Ingratos!

O tempo voltará a passar mas será, sempre, ao contrário dos seus desejos.

Será rápido e fugaz nos momentos alegres e lento, muito lento, nos momentos tristes".

E assim foi feito.


Nós não queremos isso, queremos?


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